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sábado, 24 de janeiro de 2009


É TARDE E EU CAMINHO POR UM DESERTO. BUSCO UM ALENTO PARA CONTINUAR ANDANDO. O SOL E A AREIA AUMENTAM A MINHA SEDE. A MORTE ME MACHUCOU NOVAMENTE E, AOS POUCOS, MORRO COM OS MEUS MORTOS. AQUELA TERRA FRIA SEPULTA UM CORPO FRIO E TAMBÉM UMA PARTE DO MEU CORAÇÃO.
DIAS CINZENTOS E DE TRISTEZA... MEU CORAÇÃO ESTÁ CONTRITO E SOLITÁRIO. EU NÃO CONTENHO AS MINHAS LÁGRIMAS, NEM FORÇO O PRANTO. EU EXPRESSO A MINHA DOR, SEM PUDORES. MAS, TENHO DÚVIDAS SE A VIDA PROSSEGUE O SEU CAMINHO, MAIS FORTE DO QUE A MORTE.
AMO OS MEUS ENQUANTO VIVEM. NÃO PAIRA SOBRE MIM A CULPA POR NÃO TÊ-LOS AMADO. DESPEÇO-ME DOS MEUS COMO ME DESPEÇO DAS ÁGUAS DE UM RIO QUE CORRE PARA O MAR: ESPERO QUE VOLTEM AMANHÃ COMO NUVENS E CHUVAS PARA MOLHAR O MEU ROSTO.
MEU AMIGO, EU TE AMEI E TE AMO. POR ISSO A TUA PARTIDA ME FAZ SENTIR A SUA AUSÊNCIA. NÃO ACEITO O SEU DIREITO DE PARTIR E NÃO TE PERDOO POR TERES PARTIDO SEM O MEU CONSENTIMENTO. TENHO MEDO DE ME ESQUECER DO CONFORTO DOS SEUS BRAÇOS E DO SEU COLO. TENHO MEDO DE ME ESQUECER DO SEU ROSTO. TENHO MEDO QUE O MEU AMOR MORRA...
É TARDE E EU CAMINHO POR UM DESERTO, TENTANDO CONFERIR À VIDA ALGUM SENTIDO...

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