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domingo, 30 de novembro de 2008





"A amizade é o vinho da vida."
(Edward Young)

"Um amigo é um outro nós."
(...)



Fim de semana delicioso na companhia de pessoas deliciosas...
(São Paulo, 29 e 30 de novembro de 2008)



PS: Esta imagem será a minha primeira tatuagem...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

BOMBA H EDICAO ESPECIAL
Data:13/12/2008
Horario: 22:00h

Atrações:
DIA 13 DEZEMBRO - 22H
AMBIENTE PRINCIPAL: DJ MARCYNHO, DJ MARCK WILD, DJ RONALDINHO, ENERGIA 97), HOUSE BOULEVARD (SET ME FREE), DJ TOM HOPKINS (REDETV), DJ FIXX (BATIDA 103), DJ CLODS (PSY).
2ª AMBIENTE: GRUPO DE PAGODE KASUAL.
3ª AMBIENTE: HIGH JUMP.

Para maiores informações, acesse o site: http://www.aesjose.com.br/proximoevento.asp

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

TRIBE - 8 ANOS
MAEDA - ITU
20/12/2008
LINE UP

MAIN STAGE
20:00 LIVIA
21:00 AUDIO X LIVE!
22:00 REGAN
23:30 AVALON LIVE!
00:30 TRISTAN LIVE!
01:30 KRUNCH LIVE!
02:30 X-NOIZE LIVE!
03:30 PIXEL LIVE!
04:30 ASTRIX LIVE!
06:00 GROWLING MACHINES LIVE!
07:30 SESTO SENTO LIVE!
08:30 MAPUSA MAPUSA
10:00 ACE VENTURA LIVE!
11:00 SUN CONTROL SPECIES LIVE!

TRIBE CLUB
20:00 DIGOA
21:30 GLOCAL LIVE!
22:30 GAZ JAMES
00:00 GUI BORATTO LIVE!
01:00 GABE LIVE!
02:00 D- RAMIREZ
04:00 D-NOX & BECKERS LIVE!
05:00 STEPHAN BODZIN
07:00 DU SERENA vs DAHAN
09:00 D-NOX

THE WORLD STAGE
20:00 LOTUS VS SMURF
22:00 ZEL VS ALEX
00:00 ANGELO MARTORELL
02:00 SCHASKO
04:00 PHUNK DUB
05:00 TROTTER
06:00 B TEAM
08:00 SONECA
10:00 ALL GOOD FUNK ALLIANCE

Local
Cidade: Itu
Local: Fazenda Maeda
Horário: 20h00
Como chegar: Acesso pelo km 78 da rodovia Castelo Branco – sentido interior, 30 min de Alphaville.
Alguns têm sangue nas mãos...

René Magritte, A reprodução proibida. (1937).


"A imaginação não é, como o sugere a etimologia, a faculdade de formar imagens da realidade; ela é a faculdade de formar imagens que ultrapassam a realidade."
BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 1968. pp. 17-18.
A UFMG propôs aos candidatos na segunda fase de seu vestibular de 2003 que realizassem a análise de um quadro de René Magritte em uma correlação com uma citação de Gaston Bachelard.
Inicialmente e sem medo de errar, o aluno deveria afirmar sobre a íntima relação que se estabelece entre o quadro e a citação propostos à análise do candidato, posto que o quadro retrata a livre possibilidade de se reproduzir por meio de pinturas aquilo que é real, bem como, reproduzir imagens que ultrapassem os limites do real, tal como no quadro em questão.
A imaginação já foi, em outros tempos, extremamente rechaçada pela tradição filosófica. Ainda há aqueles que insistem em desconsiderá-la, por uma preservação de tudo aquilo que julgamos racional. Nesse sentido, a imaginação perdeu o seu sentido, porque se distancia da realidade, como é percebida na crítica empirista de David Hume, inglês do século XVII.
No entanto, a imaginação também teve defensores, como Jen-Paul Sartre, pensador do início do século XX.
Sartre, pensador marcado pelo desespero da I e II Guerras Mundiais, observou na imaginação um caráter extremamente positivo, uma vez que a imaginação trabalha com idealizações. As idealizações são extremamente importantes, no sentido em que nos oferecem os subsídios para julgarmos a realidade.
É óbvio que aquilo que mais interessa à UFMG é analisar a construção textual do candidato da 2a. fase de seu vestibular para Direito. Outrossim, o aluno poderia construir seu texto a partir da crítica de Platão à mímesis, ou, ainda, da sua defesa, enquanto detentora de caráter um pedagógico, tal como vista por Aristóteles.
Uma proposta para julgarmos se a imaginação é inocente ou vilã pode ser encontrata a partir do filme "El laberinto del fauno", de Guilhermo del Toro, 2006. Vejamos a análise que o crítico de cinema Sílvio Pilau faz do filme sugerido, em 10/12/2006, para o site http://www.cineplayers.com/:
"Escrito pelo próprio cineasta, O Labirinto do Fauno conta a história de Ofélia, uma garota que se muda com a mãe grávida para uma espécie de quartel-general de seu padrasto, um capitão do exército espanhol. Com a Guerra Civil já encerrada, o capitão caça os últimos rebeldes pela região, enquanto sonha com o nascimento de seu filho. Enquanto isso, Ofélia descobre um labirinto perto do local que o leva a um fauno, criatura mitológica meio homem, meio bode. O ser revela a Ofélia que ela é, na verdade, a princesa de um reino subterrâneo e, para retornar ao seu palácio, precisa completar três provas.
Podendo ser classificado como um conto de fadas para adultos, O Labirinto do Fauno é uma obra de poderosa imaginação, uma fábula sombria sobre fantasia, realidade e ingenuidade capaz de seduzir até os mais céticos espectadores. Visto pelos olhos de Ofélia, o mundo de O Labirinto do Fauno é um lugar onde os seres mais ameaçadores e perigosos são os humanos. O reino da fantasia da garota, por mais perigoso que possa parecer, é muito mais seguro do que “mundo real”.
Neste sentido, é interessante que Guillermo Del Toro narre toda a sua história pelo olhar da criança. Para ela, o local mágico que descobre é uma espécie de fuga da crueldade da vida. As diferentes reações de Ofélia aos acontecimentos são visíveis: no palácio de uma criatura estranha (e assustadora), a garota parece não sentir medo, inclusive quebrando algumas leis; por outro lado, o pavor da jovem é perceptível quando está perto do seu padrasto, em um sutil exemplo da dicotomia entre realidade e ficção proposta por Del Toro.
Além disso, o roteiro é inteligente ao manter a ambigüidade da história, dando espaço para que o espectador tire suas próprias conclusões sobre o que é real e o que não é. Desta forma, ao opor de maneira perspicaz os dois “mundos”, Del Toro consegue oferecer dimensão maior a cada uma das histórias, fazendo com que a trama real eleve o aspecto fantástico e vice-versa. Como se não bastasse, a direção é hábil na narrativa, mantendo as duas tramas interessantes e evitando que apenas uma se destaque, o que poderia arruinar o filme.
O Labirinto do Fauno ainda ganha com uma galeria de personagens interessantes e bem construídos, que levam o espectador a acreditar em tudo aquilo. Além de Ofélia, interpretada com talento e delicadeza por Ivana Baquero, Maribel Verdú se destaca no papel de Mercedes, transformando-a em uma pessoa real, inclusive capaz de atos de crueldade quando provocada. Enquanto isso, a construção do personagem do capitão surpreende. À primeira vista apenas um vilão caricato, ele ganha profundidade e complexidade à medida em que a trama se desenrola, tornando-se, ao final, uma figura trágica, embora odiosa.
E não é só em relação ao capitão que o roteiro demonstra inteligência. Del Toro aproveita a escapada das engrenagens hollywoodianas para levar sua história por caminhos nem sempre do gosto da platéia, inclusive tirando a vida de personagens “queridos”. O argumento de O Labirinto do Fauno ainda conta com belos momentos de inspiração, como a metáfora da rosa – uma cena, aliás, impecável também visualmente.
Reforçando esta beleza estão as impressionantes criações cenográficas. O próprio labirinto do título, o palácio do rei e a “sala de jantar” da criatura com olhos nas mãos são belíssimas concepções, muito bem exploradas pela câmera Del Toro. E, claro, não posso deixar de comentar as próprias criaturas, em especial o próprio fauno e o apavorante anfitrião do jantar, um dos seres mais brilhantemente grotescos que já assisti numa tela de cinema.
Repleto de lirismo, inteligência e tristeza, O Labirinto do Fauno posiciona-se como um dos melhores filmes do ano. Guillermo Del Toro faz o espectador lembrar-se da importância da imaginação e da fantasia, seja como fuga da realidade ou como forma de recusar-se à obediência robotizada. Tanto para Ofélia quanto para o cineasta, o mundo mágico é mais agradável que o real. E, pelo menos durante as duas horas de O Labirinto do Fauno, o espectador acredita nisso."
Fica a proposta...

domingo, 23 de novembro de 2008


"Quando a gente está triste, gosta do pôr-do-sol."
(O Pequeno Príncipe)
(Pereiras-SP, outubro de 2007, meu quintal... Saudades!!!)


O que torna belo o deserto, disse o principezinho, é que ele esconde um poço...
(O Pequeno Príncipe)
A mim!!! =)

(inspirado em Thenner Freitas)

sábado, 22 de novembro de 2008

Há venenos que nos dão a beber, a saborear...
Assim, determinamos a maldade humana, ao mesmo tempo em que tudo se consuma...
Beijo de Judas
(Caravaggio, 1598)

"A traição supõe uma covardia e uma
depravação detestável."
(Barão de Holbach)

...E agora? O que me resta? Talvez ir para a casa. Talvez fumar um cigarro. Meu Deus!!! Só agora me lembrei que a gente morre... Mas, eu também?!?!


Ser ou não ser? Sê...


Contradição de mim mesmo (...antes que me esqueça quem eu sou!) - Parte I

Por Cleberson Dias e Oscar Wilde

Há uns dias, me perguntaram de onde vinha o meu charme irresistível. Fiquei surpreso, pois nunca soube que era charmoso, quanto mais irresistível. Mas isso me deixou intrigado e me pôs à busca da minha verdade. Buscar sempre é bom, mas como conter essa diarréia de idéias? Um outro problema nesse processo é o risco que se corre de descobrir o quanto as outras pessoas que não pensam, ou que pensam que pensam, são inferiores a mim. Mas quem disse que me importo?
Se possuo algum charme, certamente ele consiste na rebeldia. Não se trata de uma rebeldia sem causa. Eu tenho uma causa, ou alguas causas: aliciar, provocar, seduzir, brincar e pecar com as cores e os sons das palavras, num incansável mastigar do pensamento, num aparentemente infindável desejo de prazer... dos sete prazeres capitais – caminho fácil... É a rebeldia que faz o mundo seguir o seu curso, bom ou mau, não importa...
Todos deveriam nascer com uma quantidade maior de excitação, para mexer com os outros. Não gosto dos bons samaritanos, prefiro aqueles que sabem pecar, que sabem por um pouco mais de sal na insanidade do quotidiano, mesmo que este faça mal à tensão. Quero a loucura dos amigos ensandecidos de paixão pela vida, dos muitos e ímpares Fernandos (Brito, Melli, Catto etc.), das muitas noites mal dormidas, da falta de assunto com tantos assuntos para se colocar em dia, das risadas exageradas... O homem é feito para a futilidade, não para o repouso...
Na busca do auto-conhecimento, descobri que um outro meu nome é Irreverência!!! Por aquilo que eu luto muitos sossegam. Os meus olhos são as trevas dos que dormem, o sim dos que dizem não, ou, o não, dos que me acenam com o sim. Anárquico? Talvez não... Simplesmente irreverente, se é que isso me traz algum charme. Se traz, então sou irresistível e, quando o desejo me toma, minha mente se torna orgástica. Quantos paradoxos, mas este é o caminho para a verdade e esta, por sua vez, jamais é pura e raramente é simples. Dever é aquilo que eu espero do comportamento dos outros. Penso que todo o universo poderia ser conduzido por uma única lei, se essa lei fosse ditada por mim e, por coseguinte, boa.
Sou a Experiência. Experiência é o nome que dou aos meus próprios erros. Mas são poucos os que têm capacidade de olhar ao redor e encarar a vida como um palco. Eu olho ao meu redor e encaro a vida como encaro um palco, como uma sala de aulas: o elenco é um horror. E isso não é uma ficção. A experiência também me apontou que os puros e bons terminam infelizes; os maus, felizes. A experiência me fez desistir da popularidade. Sou a Soberba, a Arrogância. Para ser popular é preciso ser medíocre. Essas idéias não são complexas, eu é que sou... Outrossim, elas são perigosas. Na verdade, toda idéia é perigosa e, aquelas que não o são, não merecem ser chamadas assim. Viver nesse palco é a coisas mais rara do mundo. A maioria das pessoas não faz mais que existir. Esse é o motivo pelo qual não suporto os conselhos, principalmente de certas criaturas que precisam tanto deles para si. A esse tipo de gente as máscaras, para que possam dizer a verdade, posto que perdoá-las me aborrece muito. Não sou a caridade!!! Esqueçam!!! Ela cria uma multidão de erros, os quais, posteriormente, chamaremos de experiência. A beneficência é sobretudo um vício do orgulho e não uma virtude da alma. Quando vomito esse tipo de pensamento, muitos concordam comigo. Eis o perigo... daí sinto que estou errado. Acho que sou tão esperto que às vezes não entendo uma palavra do que eu falo. E olha que tomo certos cuidados: só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem perigo.
Na busca de mim mesmo pude analisar os meus gostos. É interessante como eles são tão simples e o quanto sou modesto: prefiro o melhor de tudo e sempre me lembro que os outros são inferiores a mim. Por isso, vivo depressa, para morrer jovem e ser um cadáver atraente. Temo a velhice. Os velhos acreditam em tudo; os mais maduros duvidam de tudo; mas só os jovens sabem de tudo. Os jovens querem ser fiéis e não podem; os velhos querem ser infiéis e não podem. Mas é justamente por não saber aonde ir, que encontrei o meu caminho. Por estes problemas, já chorei todos os dias na mesma hora e por todos os tempos...
Sou o Cinismo. O cinismo consiste em ver as coisas como elas são, não como deveriam ser. Estamos todos na sarjeta, mas só alguns de nós olham para as estrelas. Sou natural, mas é a mais difícil das minhas poses. Sou a Luxúria que sempre se fez presente nos muitos e bem intencionados drinks que paguei e nos muitos acordos que fiz. Drinks e acordos são ótimos recursos dos que não tem imaginação e, seduzir uma pessoa é dar a ela a própria alma. Ela passa a não pensar com os pensamentos naturais. As virtudes que possui deixam de ser; para ela, reais. Os pecados que comete, se é que existem pecados, são todos tomados por empréstimo. Ela se torna eco da música de outrem, atriz de papel não escrito para si... Mas não juro amor eterno. Acredito que os homens se casam porque estão cansados. As mulheres, por curiosidade. Ambos são logrados. A empolgação dura mais que o amor eterno. Minha luxúria é inata: temos a mesma idade. Das minhas muitas paixões, ela é a mais egoísta. Se há pecado, só a estupidez é pecado. Eu mesmo sou o céu e o inferno. Não há outro inferno para o homem, além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes.
E dos que me cercam? O que quero deles? A quem pode ser concedida tal honraria? Meus olhos possuem um brilho questionador e uma tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Odeio os de mau hálito. Adoro as pessoas que fazem de mim louco e santo. Adoro aqueles que também buscam conciliar loucura e insanidade. Idolátro os que agüentam o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero amigos jovens!!! Quero-os metade infância e outra metade velhice!!! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.
Pasmos? Antes ser um homem da sociedade, sou-o da natureza e é sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência. As paixões humanas não passam dos meios que a natureza utiliza para atingir os seus fins. A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa seja de quem for. Pessoas como eu são indiscretamente rechaçadas por fariseus e hipócritas, mas nós derrubamos César do trono e não queremos dar-lhe mais nada!!! Em minha luta pela manutenção de minha autenticidade, tropecei em adversários e criei inimigos. Nunca parei para os contar. Segui minha rota, irredutível em minha fé e imperturbável em minhas ações, porque, quem marcha em direção ao prazer não consegue enxergar mais aquilo que ocorre nas sombras. Nessa jornada aguerrida, o alimento que escolhi foi a perseverança. O vício, a tecnologia. A religião eleita foi a música. A moeda que proposta foi o conhecimento. A política... nenhuma!!! A sociedade na qual me apóio é utópica, apesar de saber que nunca será. Muitos me odeiam, me rejeitam, não me entendem ou, ainda, não estão cientes da minha existência. Podem me julgar, pois eu faria o mesmo. Antes de qualquer pré-juízo, apenas afirmo que eu não sou criminoso, nem desiludido. Não sou drogado, pelo menos não ainda, muito menos uma criança ingênua. Eu sou a transcendência da lei dos homens, da geografia física, do tempo... Como todos os homens, nasci Original, mas, também igual a eles, morrerei Cópia, numa contradição de mim mesmo, numa na busca incessante pelo prazer... um prazer nunca é um erro...
Carpe Omnium!!!