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Ele
dormiu apenas algumas poucas horas, mas seu maior desejo era dormir mil
anos. Não queria beijo, nem príncipe ou princesa para acordá-lo.
Assim, orava à serpente e à maçã envenenada ou a alguma bruxa amiga para
que surgissem de algum lugar e e cumprissem o seu dever.
Mas ele
mesmo era uma antítese: adorava acreditar em contos de fadas, mas não
achava possível que algum "Bibidi-Bobidi-Bu" transformaria
sua vida. Se a fada madrinha balançasse sua varinha, certamente seria
como naquela outra história, a de Pandora, mas com uma diferença: agora
que as desgraças já eram reais, elas apenas se multiplicariam.
Suas palavras eram como sonhos de um doente: carentes de nexo. Mas isso
não seria um problema quando a sua "síndrome de Branca-de Neve"
atingisse o grau mais alto da insanidade, quando então ele mesmo
injetaria veneno em uma maçã e, na primeira mordida, apud acta,
cumpriria seu destino de gata borralheira.
Cleberson Dias
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