CLEBERSON DIAS, 29 anos, é natural de Botucatu, interior de São Paulo. Licenciado em Filosofia pela Universidade do Sagrado Coração, Bauru - SP, atua na Rede Estadual de Ensino de São Paulo, como professor efetivo da E.E. "Plínio Rodrigues de Morais", em Tietê. Ainda, leciona no Colégio Equilibrium - Sistema Objetivo de Ensino, na cidade de Conchas; no Colégio Gradual e Cursinho Intensivo Pré-Vestibular - Sistema Etapa de Ensino, em Tietê; e no Colégio Laranjal - Sistema Positivo de Ensino, na cidade de Laranjal Pta., onde reside atualmente.
"É necessário agora que eu diga que espécie de homem sou. Meu nome, não importa, nem qualquer outro pormenor exterior meu próprio. Devo falar de meu caráter. A constituição inteira de meu espírito é de hesitação e de dúvida. Nada é ou pode ser positivo para mim; todas as coisas oscilam em torno de mim, e, com elas, uma incerteza para comigo mesmo. Tudo para mim é incoerência e mudança. Tudo é mistério e tudo está cheio de significado. Todas as coisas são 'desconhecidas', simbólicas do Desconhecido. Em conseqüência, o horror, o mistério, o medo por demais inteligente. Pelas minhas próprias tendências naturais, pelo ambiente que me cercou a infância, pela influência dos estudos realizados sob o impulso delas (dessas mesmas tendências), por tudo isto meu caráter é da espécie interiorizada, concentrada, muda, não auto-suficiente, mas perdida em si mesma. Toda a minha vida tem sido de passividade e de sonho." ( Fernando Pessoa )
"A vida ensina que a felicidade jorra da intimidade. Não há outra fonte. Pode haver prazer na apropriação, alegria no encontro, júbilo numa boa surpresa. Porém, felicidade, como profundo deleite do espírito, só na intimidade amorosa, na oração sem imagens e palavras, na contemplação do belo, no acolhimento do ser querido, na entrega ao mistério, na eternização subjetiva de um momento, na poesia de um toque, um gesto, uma palavra que traz em si plenitude. Ausência de desejos; tão só deixar-se sorver pelo esplendor de uma paz que ora vem como brisa suave, ora sopra como vento forte e assustador." (Frei Betto)
“A única coisa verdadeiramente interessante nesse mundo é mesmo o fato de que ele existe. Por mim, ele pode ser como quiser. Por mim, fantasmas e unicórnios e elefantes cor-de-rosa podem passear na rua, isso não me perturba. Só com o fato de o mundo existir já foram ultrapassadas as fronteiras do improvável. Não me surpreenderia se, um dia, de repente um anjo descesse do céu para me levar para uma outra vida. Não preciso desse anjo para ficar admirado. Mas já faz tempo que meu espanto alcançou um ponto de saturação, mesmo sem estimulações fora do comum. Para mim, o próprio mundo é fora do comum.” (O Pássaro Raro – Jostein Gaarder)
“Não me interesso por astronomia. Ou por cosmologia (como é chamada de forma um pouco mais bombástica). Para que essa gigantonomia? Já não basta pegar uma pedra na mão? O Universo ainda seria incompreensível se consistisse apenas dessa pedra do tamanho de uma laranja. Sim, pois ainda permaneceria essa maldita pergunta: de onde vem essa pedra? Milagres não se computam por quilos. Criar um grama de matéria em princípio não é menos extraordinário do que a criação de uma megatonelada. (...) Olhemos simplesmente para nós mesmos nos olhos em nossos espelhinhos de bolso. Então, o que é visto será idêntico ao que vê.Uma profundeza que olha dentro de si mesma.” (O Pássaro Raro – Jostein Gaarder)
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