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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ODE AOS RATOS

Rato ruim, rato que rói a rosa, rói o riso da moça, e ruma rua arriba, em sua rota de rato...
(Chico Buarque)

sábado, 12 de dezembro de 2009

DE FATO, NUNCA ME
SENTI QUERIDO, MAS
APENAS USADO...
NUM VASO DE BARRO
COLOQUEI MINHA VIDA...
A AMIZADE FECHA OS OLHOS
PARA QUASE TUDO...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

TENHO A IDADE DAS
MINHAS PERSONAGENS...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Os meus sonhos foram todos vendidos..."
(Cazuza/Frejat)
*do msn da Carina Bertola

sábado, 28 de novembro de 2009

E o Bom Deus me perdoará:
esta é a sua função!!!
(...)

domingo, 1 de novembro de 2009

"Solidão???
Sim, com gelo e limão.
Ingratidão???
Não, obrigado"
(Torquato Neto)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

" Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem de grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite. "
Clarice Lispector

sábado, 3 de outubro de 2009

Narcótico demasiado forte,
você é coisa assim.
Você deveria ter me avisado que a
terra das emoções é plena de selvageria. Talvez eu
não me arriscasse...
"Dessa terra e desse estrume
é que nasceu esta flor."
Brás Cubas

domingo, 27 de setembro de 2009

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
(Clarice Lispector)
PS: Pensamento cedido pelo sempre estimado Prof. Arrovani.

sábado, 26 de setembro de 2009

Dúvida

Qual a teleologia dos
pontos de exclamação???
Pontuo a minha própria vida. Alguns homens aceitam isso.
Vivo em ponto de exclamação, pois tenho a alma dionisíaca.
Vivo desesperado. O ponto de exclamação é um meu gancho.
Não posso perder a capacidade de me assustar,
de me revoltar, de me chocar com aquilo que de fato é importante.
O ponto de exclamação é a minha marca de nascença...

Cheiro

Minha cama, teu corpo,
minhas mãos:
andiroba!!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Banquete

Eu quero que você me toque...
Eu gosto quando você me toca...

domingo, 20 de setembro de 2009

Lixo de existência...
Lixo da minha existência...

sábado, 19 de setembro de 2009

Você coloriu meu mundo com azul...
"E NINGUÉM É EU E NINGUÉM É VOCÊ.
ESTA É A SOLIDÃO."
(CLARICE LISPECTOR)

domingo, 13 de setembro de 2009

Sabonete

...e em cada banho poderei
agora sentir o calor de sua pele,
sem ter de mendicar
por teus abraços.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sutilmente

E quando eu estiver triste,
simplesmente me abrace...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sou um espelho que caiu das mãos de alguém.
Talvez de minhas próprias mãos.
Cada um que passa recolhe um caco,
crente de que em cada pedaço
poderá me contemplar completamente...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

É tão difícil amar você...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Me dá licença, porque
vou beijar o céu!!!
(Alan Prestes)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

... e sem perceber que assim o fazia,
ela o entregou ao lobo mau.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

SINCERIDADE

A sinceridade faz amigos.
A falsidade faz inimigos.
Depende de nós ter amigos ou inimigos.
É livre a nossa opção.
A falsidade muda o amigo em inimigo...
É melhor ser sincero do que covardemente fingido.
Na vida - autenticidade. No amor - sinceridade.
É preferível viver assim, amar assim,
sofrer assim, esperar assim
Porque só a verdade liberta.
(...)

Números

1

2 7

35

9 8 4

0 6

"Mas para nós que compreendemos o significao da vida,

os números não têm tanta importância."

(O Pequeno Príncipe)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

... às vezes, no final do arco-íris,
o duende esconde uma armadilha.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

BOM DIA, FLORES E ESPINHOS!!!
Bruna Lagranha

sábado, 27 de junho de 2009

"Venha, pois não quero viver
nem mais um instante..."
(Creonte, em Antígona - Sófocles)
DOR
NASCI PARA SER
DEVORADO PELO PESAR...
PROCURA-SE UM AMIGO!!!

O grande problema dos rótulos que
se atribuem a uma pessoa
está no fato de que
nos esquecemos da pessoa...
ALGUÉM DEVOLVA A
MINHA VIDA, POR FAVOR....
20 anos... diversão...
30 anos... aprender as lições da vida...
40 anos... pagar os drinques...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

VONTADE

EU NÃO VOO PORQUE NÃO QUERO...

domingo, 31 de maio de 2009

O-MENINO-COM-UM-LIVRO-NA-MÃO:
PROLEGÔMENOS A UMA FILOSOFIA DA EXISTÊNCIA[*]
por Cleberson Dias
Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, professores que professavam, outros tantos homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo, suficientemente, menos um meninozinho, aquele com um livro na mão. Aquele, um dia, saiu de lá, com o livro na mão, entrou em seu automóvel vermelho alienado: as pesadas parcelas o obrigavam a uma jornada de três períodos, em quatro escolas, três aldeias diferentes. O amor à vocação fora submetido a um fetiche mercadológico. O dia seria fatigante.
Sua vocação mandara-o, o meninozinho, com um livro na mão, aos alunos que amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. O-menino-com-um-livro-na-mão partiu, sobre logo, ele, solitário e macambúzio, tudo era uma vez... O livro continha infindáveis teorias filosóficas que ele mesmo apenas fazia ensinar. Contudo, há alguns dias, certo pensador aliciou a sua atenção, assoalhando-lhe que a existência é extremamente vazia e que toda produção cultural e tudo mais que os homens produzem tão somente tem por objetivo a negação da falta de sentido da vida. Esse menino, então, já com “Síndrome de Peter Pan”, sentiu-se deveras angustiado, agora mais do que nunca. E ele mesmo resolveu tornar aquele caminho, de uma aldeia à outra, louco e longo, não encurtoso. Saiu, não em alta velocidade, e sua sombra o acompanhava sobejamente. Divertia-se com as plebeinhas flores, aquelas que nunca estão em buquês. Deliciava-se com as borboletas, princesinhas incomuns, obsoletas aos outros motoristas. Assim, demorou para dar com a Escola.
Daí que, vencido mais uma vez aquele íntimo caminho, naquele dia um tanto diferente, chegando à Escola, viu só os professores, mas, aluno, nenhum. Haviam faltado naquele dia. No entanto, de súbito, dissipou-se a alegria do caminho e a angústia lhe tomou novamente a fronte. Agora, grávido de angústia, ele mesmo era quem se dizia: “ – A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real... Há vinte e nove anos que o sinto. Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo pesar. Parecemo-nos com carneiros a brincar na relva, enquanto o açougueiro, com os olhos, está a escolher alguns entre eles, pois, nestes bons tempos, não sabemos que infelicidade precisamente agora o destino está nos preparando: doença, perseguição, empobrecimento, mutilação, cegueira, loucura, morte... Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve... Andei este bom tanto, com o livro na mão, o tanto que as dívidas me obrigaram, oscilando entre aquela criança que não quer crescer e um ancião que carrega o peso dos anos, andando de cá para lá, com seus passos vacilantes, repousando num canto e outro. Uma sombra. Um fantasma do que era antes... Que me resta ainda para ser destruído pela morte?” Seria aquele o dia de seu aniversário se, ironicamente, não houvesse tomado a decisão de não mais cumprir anos. Bastavam-lhe aqueles outros vinte e nove.
Na sala dos professores, saudou a todos, enquanto ainda era tempo. Seus companheiros de jornada pediram-lhe que depusesse sobre a mesa a mochila que trazia como fardo em suas costas. Como sempre, trazia também o livro na mão. Mas isto não mais importava, posto que algumas daquelas teorias já haviam feito ninho em seu coração. O menino, destruído pelo tempo que insistia em querer roubar o poder e a beleza da sua juventude, assim o fez, e sentou e olhou para todos, com imensa fome de afirmação de si mesmo. As pessoas sussurravam entre si sobre como o seu rosto há muito não sorria e como os seus olhos ultimamente haviam perdido parte de seu brilho questionador. Mas estavam enganadas: na verdade, eram incapazes de compreender que a existência da maior parte dos homens é, vista exteriormente, por olhos que não os próprios olhos, insignificante e destituída de sentido, e como é surda e obscura, quando analisada por razão alheia, quando sentida interiormente por outrem. Consta apenas de tormentos, aspirações impossíveis; é o andar cambaleante de um homem que sonha através das quatro épocas da vida, até à morte, com um cortejo de pensamentos triviais.
Como seus companheiros não sabiam da sua decisão de não mais cumprir anos, decisão esta tomada em seu último aniversário, se aproximavam, quebrantados pelo silêncio do menino, com vozes apagadas e fracas e roucas, assim, de ter apanhado um ruim defluxo. Deram-lhe os parabéns que, aos seus ouvidos, soavam como pêsames. O menino-professor, pasmo, notava em seus rostos uma ironia, lupina por natureza, que celebrava o fato de que todos envelhecem em morrem, inclusive ele. Naquele momento, ele mesmo não queria ter dezesseis anos. Ele não queria ter doze anos. Ele não queria ter seis anos. Na verdade, ele não queria ter nascido!!!
Sua razão se obscureceu quando considerou que as inúmeras estrelas fixas, que brilham no céu, não têm outro fim senão o de iluminar mundos onde reinam o pranto, a dor, e onde, no melhor dos casos, só vinga o aborrecimento, pelo menos a julgar pela amostra que conhecemos. Ele estava naquela sala, demasiado presente, quando imaginou seu corpo sendo devorado drasticamente por lobos... O exame do seu cadáver mostraria que a sensibilidade, a irritabilidade, a circulação do sangue, a reprodução cessaram. Se tocassem em seu cadáver agora, perguntando se desejava ressuscitar, ele sacudiria a cabeça em um movimento de recusa.
Assustado sobre como tão longe tinha o seu pensamento voado, ele gritou: “ – Tenho medo do lobo!!!” Os muitos que apostavam em sua insanidade, a concluíram. Ele piamente acreditava, no entanto, que a normalidade é coisa destarte imbecil e estéril, nada produzindo de interessante ou bom. Não obstante, era preciso ser gentil e agradecer as congratulações sobre aquilo que não deveria ser comemorado, mesmo sem poder dizê-lo. Não queria dizer que a sua filosofia era desesperada somente porque se expressava conforme a verdade. Todos aqueles que estavam naquela sala acreditavam, entre tantos credos que professavam, que o Senhor Deus fez tudo do melhor modo. Mas, a sua vontade era pedir a eles que se dirigissem à igreja e que deixassem em paz os filósofos. Ele não mudaria seu pensamento, como que se fosse possível encomendá-lo a um marceneiro. Sabia que qualquer verdade passa sempre por três estágios: primeiro, é ridicularizada; segundo, é violentamente combatida; terceiro, é aceita como óbvia e evidente.
Naquela “data querida”, restava apenas, uma vez compreendida toda a tragicidade da vida, conservar a sociabilidade e conviver com o tempo e com o lobo e o “tudo era uma vez”. Era a única forma de suportar a solidão e, nela, a si mesmo...
_________________________________
[*] Estruturado com base em “Fita Verde no Cabelo”, conto de Guimarães Rosa, bem como, na filosofia pessimista de Arthur Schopenhauer.

domingo, 24 de maio de 2009

Remédio

Tenho remédio para tudo...
para dormir...
para esquecer...
para me lembrar de esquecer...

Desconfiança

A medida que envelhecemos, os heróis e os vilões se confundem.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Saudade...

Se me dizes que vens,
posso esperar por toda a eternidade...

domingo, 17 de maio de 2009

RESOLVI TORNAR LÍCITO TUDO
AQUILO QUE ME DÁ PRAZER...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Eu queria ter 16 anos...
Eu queria ter 12 anos...
Eu queria ter 6 anos...
Eu queria não ter nascido...
(A que por enquanto...)

quinta-feira, 7 de maio de 2009


Porque entender o
comportamento humano
é algo que atrai o ser humano...
Shirleyne Dorighello

sábado, 25 de abril de 2009

A IGNORÂNCIA É
DEFINITIVAMENTE ATREVIDA!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

MÚSICA
QUE ENVOLVE
O MEU CORPO...
ANDROGENIA...

G. - A mulher que virou poesia

Então toque minha singularidade...


Quase morro de amores por você...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sinto uma vontade de cuspir, porém, minha boca está seca...

domingo, 12 de abril de 2009

Você transa bem?
Me levará para comer bons queijos e vinhos?
Pois bem, ficarei com você...
este é o seu máximo...